terça-feira, 29 de março de 2011

Sobre nossa atividade conjunta e outras coisas

Olá pessoas

Em mensagem anterior, solicitei a opinião de vcs sobre uma de nossas aulas. Agradeço as 4 (!!!) pessoas que responderam. Agora gostaria que vcs falassem sobre as impressões de vcs sobre a nossa atividade em conjunto com as outras turmas. O que acharam da fala do professor Messias? O que acharam dessa experiência de juntar as turmas?

Queria apenas fazer dois pequenos comentários, além do que fiz na própria atividade.

Primeiro: penso que não podemos confundir algumas coisas. Ao falarmos de novas formas de conhecimento, novas formas de ensino etc e tal não podemos cair na tentação de satanizar todas as formas ditas "tradicionais" e "antigas". Um exemplo é a questão da aula "tradicional", expositiva etc. A aula expositiva não deve ser a única forma de "transmissão" do conhecimento, mas tem a sua função e às vezes é, inclusive, fundamental. Podemos, caso vcs queiram, discutir isso presencialmente ou mesmo por aqui.

Segundo: penso que é fundamental aquela distinção entre a formação tecnicista que gera profissionais incultos e uma formação interdisciplinar que tenta atacar essa questão. O que é essa incultura? Foi uma questão colocada no debate. Lembrei que uma discussão que já produzi nesse componente com outras turmas, partindo do exemplo do Eichmann (http://xoomer.virgilio.it/direitousp/curso/arendt6.htm), colaborador de Hitler. Ele era um excelente técnico/funcionário que matou milhares de judeus. Quando questionado, disse: "eu só cumpria ordens, não tenho culpa de nada".

domingo, 27 de março de 2011

na folha de hoje

CIÊNCIAS HUMANAS

Fetiches conceituais

Hora de pendurar o jaleco retórico 

RESUMO
O sociólogo Luís de Gusmão preconiza o retorno das humanidades a um ensaísmo menos eivado de jargões, conceitos e categorias classificatórias, em favor de uma escrita mais livre, que dialogue com o senso comum, que privilegie a compreensão e que não ambicione o estabelecimento de leis científicas a seu ver duvidosas.

RAFAEL CARIELLO

O jaleco: quando convidado a falar sobre sua formação intelectual, o ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso volta e meia chama a atenção para esse detalhe significativo da vestimenta de alguns de seus professores e colegas no curso de graduação. O que lhe serve de mote para ilustrar as desmedidas ambições das humanidades em meados do século passado.
"A obsessão era fazer ciência", relata FHC em "Retrato de Grupo" (Cosac Naify), livro comemorativo dos 40 anos do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). "Para que se tenha uma ideia de nossa dedicação a essa postura, andávamos de avental branco -como se fôssemos cientistas."
A imagem voltou a aparecer no discurso que ele proferiu em homenagem a Gilberto Freyre na Festa Literária Internacional de Paraty, em 2010. Era inevitável. Afinal, nos anos 50, o escritor pernambucano chegou a servir como contraexemplo para o método que os primeiros profissionais das ciências humanas no país, mestres do sociólogo tucano, pretendiam empregar. 
Contra o que viam como vago "ensaísmo" bacharelesco das gerações anteriores, Florestan Fernandes e seus pares propunham um conhecimento social mais rigoroso em termos teóricos e metodológicos.
Cumpria recolher material empírico e compreendê-lo a partir de grandes sistemas conceituais, capazes de orientar a formulação correta das perguntas e das explicações daí decorrentes . 
Marx, Durkheim e Weber ajudariam os cientistas sociais a reconhecer as "leis" de funcionamento das sociedades e da história -e delas derivar as conseqüências para um caso particular, como, digamos, o Brasil dos séculos 19 e 20. 

AMBIÇÃO Há muitas pedras no caminho dessa ambição intelectual, como todos os seus praticantes puderam constatar desde então. Diferentemente das ciências naturais, que lhes servem de inspiração, as humanidades não dispõem de teorias únicas para os mesmos conjuntos de fenômenos, nem de métodos comuns a todos os seus praticantes. Ao contrário, distintos sistemas conceituais disputam a correta explicação de qualquer fato social, como bem sabem marxistas, weberianos, funcionalistas, estruturalistas etc. 
Entretanto, ansiosas por validar seu status científico, todas as "escolas" sociológicas compartilham um desprezo por explicações sobre a psicologia humana ou fenômenos políticos e sociais particulares que não invoquem sistemas conceituais "científicos".
Assim, o conhecimento proporcionado pela análise de um historiador marxista seria mais amplo, teria maior valor, do que aquele oferecido por uma biografia desprovida de jargões técnicos ou sociológicos. A análise de um cientista político seria mais fecunda do que um comentário sobre o mesmo fato, ainda que extremamente arguto e inteligente, feito por algum marqueteiro ou por um mero jornalista.
Isso era verdade na década de 50, quando Florestan Fernandes orientava o jovem FHC em suas pesquisas sobre a escravidão, e ainda é verdade hoje. Desde então, os trajes em sala de aula mudaram. Mas um jaleco retórico e ideológico continua a caracterizar sociólogos, antropólogos e cientistas políticos, para prejuízo das disciplinas que praticam. É o que defende Luís de Gusmão, 54, doutor pela USP e professor do departamento de sociologia da UnB.
Em "O Fetichismo do Conceito", que deverá ser publicado pela TopBooks, depois de ter recebido indicação editorial do historiador Evaldo Cabral de Mello, Gusmão afirma que o uso de quadros conceituais não torna nenhuma análise sobre fenômenos sociais e políticos necessariamente mais fecunda. 
Ao contrário. A busca por rigor "científico" nas humanidades, a tentativa de ultrapassar simples e inteligentes generalizações de senso comum sobre a sociedade, teria se revelado, na maioria das vezes, prejudicial à realização de explicações convincentes e esclarecedoras sobre fatos históricos, conflitos políticos, mudanças sociais.
Faltam a esses sistemas conceituais, nos diz o autor, leis sociológicas genuínas, distintas e irredutíveis às melhores generalizações do conhecimento de senso comum. As humanidades não foram capazes, afirma Gusmão, de descobrir leis e regularidades similares às alcançadas pelas ciências "duras".

PROBLEMAS Ao analisar determinado fenômeno, é comum que o esquema conceitual do pesquisador o leve a tomar seu "sistema" como mais real do que os fatos a serem explicados, distorcendo-os e subordinando-os à teoria. 
A fidelidade a leis sociológicas inexistentes, segundo o autor, também pode suscitar a busca por explicações para objetos puramente "conceituais", inexistentes do ponto de vista de outros observadores.
"No limite", diz Gusmão, o "fetichismo do conceito", ou seja, a troca da pesquisa empírica por ilações dedutivas a partir de conteúdos conceituais pode nos levar a "substituir o socialmente real por fantasmagorias de realidade duvidosa".
O exemplo mais óbvio, mencionado pelo autor, é o da historiografia e sociologia apoiadas na teoria da história formulada por Marx. 
"A aceitação da realidade de entidades como a 'consciência de classe revolucionária do proletariado moderno' ou a 'revolução burguesa no Brasil', longe de se impor a todos, depende completamente da adesão prévia a uma dada teoria social, no caso, o marxismo."
Críticas ao filósofo alemão são feitas hoje às baciadas. Mas costumam supor que outras explicações "teoricamente orientadas" sejam superiores ao materialismo dialético.

ABUSOS DEDUTIVOS A crítica do professor da UnB é mais ampla. Abusos dedutivos, que impõem esquemas gerais aos fatos particulares, deturpando-os, não são uma exclusividade do marxismo.
Não se trata, declara Gusmão, de negar a possibilidade de explicação de fenômenos sociais. O que ele faz, ao contrário, é tomar o partido do senso comum contra o "jaleco", num embate criado e mantido por grande número de cientistas sociais, inclusive por seus autores mais importantes, desde o século 19.
"As mais completas explicações da ação individual ou coletiva resultam essencialmente da descrição erudita, circunstanciada, de cenários sociais particulares e de esclarecimentos acerca dos valores, crenças e propósitos dos indivíduos que ali viveram e atuaram", ele diz. "Tais explicações são perfeitamente possíveis com base em conceitos sociais de senso comum."
O que o sociólogo afirma fazer, na verdade, é simplesmente constatar "a efetiva inexistência de leis sociológicas de validade geral que tenham sido empregadas, com sucesso, na explicação e predição de fenômenos sociais, leis cujas condições de aplicação tenham sido claramente estipuladas". "Eu não conheço nenhuma lei capaz de atender essas exigências", declara.

MUSEU Quanto mais amparadas em princípios dessa espécie, mais as obras sociológicas e historiográficas correm o risco de se tornar, ele diz, peças de museu, "exemplos de ambições arrogantes e fantasias infundadas, e não de realização intelectual", segundo a sentença de Isaiah Berlin. Em contraste, obras rigorosas sobre sociedades e períodos específicos, com forte apoio empírico mas imunes aos abusos teóricos, resistem ao tempo. Gusmão cita como exemplos as análises de Alexis de Tocqueville sobre a França e os EUA dos séculos 18 e 19, e de Joaquim Nabuco sobre o Brasil do final do Império e início da República.
Nessas obras, encontra-se saber análogo ao proporcionado pelas melhores obras literárias, que oferecem verdadeiros "insights" da psicologia humana, sem a necessidade de recurso a esquemas "científicos".

JARGÃO O autor de "O Fetichismo do Conceito" nos propõe então abandonar, simplesmente, todo e qualquer jargão técnico ou generalização explicativa que não possa ser traduzível em termos de conceitos e generalizações de senso comum, expressos na linguagem natural empregada nas rotinas da vida cotidiana. E usar essa capacidade de "tradução" como critério para separar o joio do trigo.
Trata-se de uma seleção, por um lado, bastante generosa, capaz de incluir entre os textos relevantes de história, política e sociologia muita coisa ainda desprezada pelos cientistas sociais, como biografias de fôlego, ensaios e livros jornalísticos. E, ao mesmo tempo, extremamente restritiva em relação às pilhas e pilhas de teses, artigos e livros produzidos todo ano pelas universidades e pelos especialistas. Pouca coisa sobrará. 
O que parece, para Gusmão, inevitável. "No âmbito da investigação do socialmente real, em toda a sua concretude, a qualidade, o valor cognitivo do trabalho realizado, depende, em larguíssima proporção, de atributos intelectuais singulares, pessoais, do pesquisador, atributos esses que não podem, contudo, ser obtidos com base simplesmente numa formação profissional mais ou menos padronizada. Podemos dizer dos investigadores sociais mais notáveis aquilo que já dissemos dos filósofos, literatos e artistas de talento: infelizmente, não dispomos de fórmulas para produzi-los em série. O aprendizado teórico, os mais lúcidos bem o sabem, não muda tal situação." Nem o jaleco.

O uso de quadros conceituais não torna nenhuma análise sobre fenômenos sociais e políticos necessariamente mais fecunda

Todas as "escolas" sociológicas compartilham um desprezo por explicações que não lancem mão de sistemas conceituais "científicos"

sexta-feira, 25 de março de 2011

Aviso

Pessoas

conforme nosso calendário/cronograma de atividades, na segunda-feira, dia 28 de março, na hora de nossa aula, todos devem ir para o auditório Nádia Viana, que fica no PAF 1.

Teremos uma palestra com o professor Messias Bandeira, sobre os projetos pedagógicos dos BIS, mercado de trabalho e interdisciplinariedade. Eu e a professora Ângela iremos atuar como provocadores/debatedores.

Essa atividade antecipa um pouco o nosso módulo de conhecimento/educação/interdisciplinariedade.

Outra coisa: a segunda grande conferência na reitoria, com professor Albino, mudou de data. Ao invés de 7 de maio, vai ocorrer dia 14 de maio.

abrs, leandro

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dê sua opinião sobre a aula.

Olá pessoas
Queria fazer essa pergunta pessoalmente, mas não deu tempo.
Gostaria que vcs deixassem nos comentários as suas opiniões sobre a aula desta última segunda, dia 21/03.
Essas opiniões são importantes para eu ajustar as coisas nas aulas futuras.
abrs, leandro

domingo, 20 de março de 2011

No A Tarde de hoje

EDUCAÇÃO Poucos investimentos e barreira do idioma são alguns dos empecilhos para que as instituições brasileiras integrem a relação das melhores do mundo

FABIANA MASCARENHAS E TÁSSIA CORREIA

Apesar do aumento na produção científica e do fortalecimento dos seus programas de pós-graduação, o Brasil ficou fora da lista das 200 melhores universidades do mundo elaborada pela publicação britânica educacional Times Higher Education (THE). As instituições brasileiras que chegaram mais próximo forama Universidade São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo (Unicamp), que ocuparamo 232º e 248º, respectivamente.

Se ocupar um lugar de destaque é uma realidade ainda distante para as instituições paulistas–comlarga tradição em pesquisa –, as universidades baianas têm um caminho ainda mais longo a percorrer.

Apesar de terem pesquisadores e cursos reconhecidos nacional e internacionalmente, as instituições de ensino do Estado ainda não fazem parte nem mesmo da lista das dez melhores universidades brasileiras.

Os avanços existem e são reconhecidos por boa parte dos pesquisadores,mashá algumasimportantes barreiras que impedem o País – e as universidades baianas em especial – de integrar o ranking das melhores instituições de ensino do mundo. A começar pelas diferenças do valor investido em educação.

“O Brasil investe 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Precisamos nos próximos dez anos que esse percentual dobre para chegar ao desejável", comentou o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Mário Neto Borges. Os EUA, por exemplo, investem cerca de 3% do PIB em educação superior.

Quando se toma como referência os estados brasileiros, a situação não é diferente.

De acordo com o último levantamento do Confap para orçamentos executados–correspondente ao período de 2007 a 2009 –, a Bahia ocupa o quarto lugar no ranking nacional em volume de investimentos na área, com R$ 136,5 milhões.

Investimento Apesar disso, o Estado ainda aparece com distância significativa para os primeiros colocados.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), que aparece na terceira posição da lista, por exemplo, investiu quase cinco vezes mais que a baiana, com R$ 648 milhões no mesmo período. São Paulo desponta com R$ 1,9 bi e o Rio de Janeiro aparece em segundo com R$ 787 milhões.

“Além de ser necessário investir mais nos estados nordestinos, o governo precisa investir nas universidades estaduais. Somente na Bahia temos quatro instituições de ensino estaduais, mas o recurso disponibilizado ainda é muito pequeno a ponto de atingirmos um patamar de excelência”, comenta o reitor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Lourisvaldo Valentim.

O fato de o País não ter domínio na língua inglesa éum outro fator que reduz a competitividade.

“Os países que estão melhor representados no ranking são de língua inglesa, o que torna a produção científica mais acessível de uma maneira global. Esse fator nos distancia das universidades mais conceituadas porque a maioria dos artigos acadêmicos é publicada e citada em inglês”, explica a reitora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Dora Leal.

A língua também é uma barreira no que se refere à internacionalização, que é a capacidade de atrair alunos e funcionários de outros países, um dos critérios normalmente utilizados nos rankings para avaliar as universidades.

No Imperial College (9º no ranking), de Londres, há alunos de 158 países diferentes no campus. Em Harvard, 19% são de fora dos EUA.

Em Stanford, 21%. A Ufba teve 141 estudantes estrangeiros em 2010, não à toa, em sua maioria de países como Espanha e Portugal.

“Ao contrário de outros países, a comunidade acadêmica brasileira ainda não domina a língua inglesa, o que dificulta o intercâmbio entre estudantes e o aumento da visibilidade da pesquisa brasileira em publicações científicas em bases de dados internacionais”, pontua o pró-reitor de ensino de pós-graduação da Ufba, Robert Verhine.

No A Tarde de hoje

Harvard é herdeira do Iluminismo

Rosane Santana Graduada em jornalismo e mestre em história pela Ufba.

Estudou na Universidade de Harvard entre 2007 e 2009

Há quase uma década, sucessivamente, a Universidade de Harvard é apontada por professores, pesquisadores e estudantes de todo omundocomoa melhor universidade do planeta, disputando o podium com outras destacadas instituições de ensino superior norte-americanas, a exemplo do vizinho Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), também situado na cidade de Cambridge, no leste dos Estados Unidos, no pequeno Estado de Massachusetts, famoso por abrigar em seu território e imediações mais de uma centena de universidades.

Estudei inglês acadêmico na Universidade de Harvard, entre 2007 e 2009, preparandome para iniciar pesquisas na área de globalização e política, sobretudo as novas possibilidades de ativismo político propiciadas pela revolução tecnológica.

Abundância Há na Universidade de Harvard magnificência e riqueza material abundante – patrimônio em torno de US$ 30 bilhões, depois da crise de 2008 –, colocados à disposição da inteligência, além de rigor e disciplina nos métodos de ensino, os chamados diálogossocráticosemsalade aula, voltados essencialmente para a formação do que os professores chamam de critical thinking (pensamento crítico). Mas eu não cairia na tentação de fazer comparações com universidades brasileiras, onde não há carência de cérebros (a inteligência humana é universal), mas de recursos materiais e tecnológicos.

A sociedade norte-americana e suas instituições são herdeiras do Iluminismo europeu e sua aposta na capacidade de progresso e superação do ser humano, através da razão e da inteligência. Por isso, atribui à educação um espaço sagrado, um altar, entre os seus mais altos valores.

O historiador norte-americano John Lukács diz que, nos EUA, “desde o início do século XX, a mania nacional de educação havia se tornado parte do credo norte-americano”, abraçado por gente de todos os matizes políticos, republicanos e democratas, capitalistas e socialistas.

Para o bem ou para o mal, nossa sociedade é filha do catolicismo barroco e, na melhor das hipóteses, do reformismo ilustrado de Sebastião de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal.

A Universidade de Coimbra, que formou a elite política fundadora do Estado brasileiro, no final do século XVIII e início do XIX, sempre esteve atrasada em relação a universidades europeias de seu tempo, como Oxford e Cambridge, na Inglaterra, que disputam com as norte-americanas as melhores posições no ranking .

Portugal, de braços dados com a Igreja Católica, ficou à margem das ideias e revoluções que sacudiram a Europa e nos legaram as tranformações políticas e culturais da revolução francesa e a revolução norte-americana.

Promessa Em 300 anos de colonização portuguesa, instituições de ensinosuperior,emterritório brasileiro, só foram permitidas após a chegada da Família Real, em 1808.

No final do século XIX, em 1872, apenas 16% da população do Brasil era alfabetizada.

Universidades, como a USP, surgiram nos anos 30 do século XX, com a ascensão da burguesia industrial. São ainda muito jovens em comparação cominstituições de ensino europeias e norte-americanas.

Essa é a nossa origem, a nossa formação. Transformála requer um trabalho conjunto e sucessivo de inúmeras gerações, que é fundamental para um verdadeiro protagonismo brasileiro no mundo. Sem isso, o Brasil será sempre uma promessa, a ilusão de um país do futuro.

Não há mágicas, saídas mirabolantes, jogadas populistas.

É preciso, sobretudo, mudar a mentalidade de uma sociedade que relega a educação ao último lugar em sua escala de valores, onde os jovens do sexo masculino sonham em ser jogadores de futebol e os do sexo feminino,dançarinas de pagode.

terça-feira, 15 de março de 2011

aviso

oi pessoas
hoje fui na coordenação acadêmica com a dúvida de vcs sobre em qual turma vcs ficarão (aqueles que não se matricularam inicialmente na minha turma)
fui informado que vcs receberão um e-mail do colegiado informando para qual turma vcs serão oficialmente encaminhados. por enquanto, fiquem em nossa turma, ok?
abrs

segunda-feira, 14 de março de 2011

CRONOGRAMA 2011.1

CRONOGRAMA DE AULAS DE ESTUDOS DA CONTEMPORANEIDADE I - 2011.1
PROFESSOR LEANDRO COLLING - leandro.colling@gmail.com
SEGUNDAS – 18H30 ÀS 22H30

MARÇO

14 – Acolhimento dos estudantes/apresentação do programa do componente/exibição de filme sobre o que é contemporaneidade.
21 – O que caracteriza a contemporaneidade? Discussão da reportagem O que é ser contemporâneo?, de Patrícia Mariuzzo (enviado pro e-mail da turma e disponível em http://luz.cpflcultura.com.br/o-que-e-ser-contemporaneo-,1.html.) Leitura complementar AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009, p. 55 a 73 (enviado para mail da turma).
28 – Mesa redonda sobre a formação dos profissionais dos Bis – Auditório do PAF1

ABRIL

4 – O contemporâneo nas lentes de Milton Santos – Exibição de filme e discussão do texto: SANTOS, Milton. Por uma outra globalização – do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 37 a 78. (texto enviado para o mail da turma - Leitura obrigatória é a parte III – leitura complementar – todo o restante do livro)
9 – sábado pela manhã – conferência com professor Naomar na reitoria (local a confirmar)
11 – Por que a crise na educação é um problema contemporâneo? Debate sobre conferência do professor Naomar e aula expositiva sobre Universidade e conhecimento. Discussão do texto SANTOS, Boaventura. A universidade do século XXI. Disponível em http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/A%20Universidade%20no%20Seculo%20XXI.pdf (leitura complementar, texto de Naomar no mesmo livro)
18 - Idem
25 – Mesa redonda e debate de filme no auditório do PAF 1

MAIO

2 – Seminário de pesquisa e extensão do IHAC. Atenção: antes de ir ao seminário, entrega da primeira memória das aulas. 
9 – O que é, afinal, interdisciplinaridade? Discussão do texto POMBO, Olga. Interdisciplinaridade e integração dos saberes. (enviado para mail da turma e disponível em http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/investigacao/porto%20alegre.pdf)
14 – sábado pela manhã – conferência com professor Albino Rubim na reitoria (local: reitoria da ufba-canela)
16 – Por que a cultura se transforma em um problema contemporâneo? Tudo é cultura? Discussão do texto Coelho, Teixeira. A cultura e seu contrário: cultura, arte e política pós-2001. São Paulo: Iluminuras/Itaú Cultural, 2008, p.  17 a 48. (livro enviado para mail da turma)
23 – Mesa redonda no auditório do PAF 1.
30 – Exibição de filme e debate no auditório do PAF 1.

JUNHO

6 – Continuação das discussões sobre cultura - Discussão do texto Coelho, Teixeira. A cultura e seu contrário: cultura, arte e política pós-2001. São Paulo: Iluminuras/Itaú Cultural, 2008, p.49 a 68. (livro enviado para mail da turma)
13 - Diversidade cultural – Discussão do texto Canclini, Nestor Garcia. Diversidade e direitos na interculturalidade global, páginas 143 a 151, publicado no Observatório Itaú Cultural, número 8. Esse texto está disponível on line no http://www.itaucultural.org.br/bcodemidias/001516.pdf
20 – O que é, afinal, identidade cultural. A questão das identidades de gênero e sexual. Aula expositiva com exibição de curta-metragem.
27 – Continuação das discussões. Entrega da segunda memória das aulas. Solução de dúvidas para a prova.

JULHO
4 - Prova
11 – Entrega de provas e memórias. Avaliação geral do semestre.

Formas de avaliação:

Primeira nota:
Participação em sala através da leitura e discussão de textos e responsabilidade em trazer questões suscitadas pelos textos de leitura obrigatória: até 3 pontos (três)
Memória das aulas: cada uma vale até 3,5 pontos.

Segunda nota: prova geral – até 10 pontos.