terça-feira, 29 de junho de 2010

Participem

A homofobia na Polícia Militar da Bahia: diagnóstico e soluções. Esse é o tema de uma mesa redonda que ocorre no próximo dia 5 de julho, segunda-feira, das 17h às 19h, no auditório do PAF 3, no campus de Ondina.

A mesa redonda será composta pelo Tenente PM Ícaro Ceita do Nascimento – ativista do movimento LGBTTT na Bahia, e por Antonio Jorge Ferreira Melo, coronel da Reserva da Polícia Militar da Bahia, professor da Academia de Polícia Militar da Bahia, professor e pesquisador do PROGESP (Programa de Estudos, Pesquisas e Formação em Políticas e Gestão de Segurança Pública) da UFBA e coordenador do curso de Direito da Faculdade Integrada da Bahia.

As inscrições, para quem deseja certificados, devem ser realizadas através do e-mail extensaoihac@gmail.com. A entrada é gratuita. A mesa redonda, aprovada como atividade de extensão pela Congregação Ampliada, foi proposta por estudantes do componente curricular de Estudos sobre a Contemporaneidade I, ministrada pelo professor Leandro Colling, que coordena o grupo de pesquisa em Cultura e Sexualidade na UFBA.

“Como avaliação final do componente, os alunos precisam identificar e resolver um problema e um grupo escolheu a homofobia na polícia. Considero muito importante essa discussão”, avalia o professor.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Na Folha de S.Paulo de hoje

Suicídios expõem vida em fábricas da China

Operários enfrentam xingamentos e treino militar

Por DAVID BARBOZA
SHENZHEN, China - A primeira morte na fábrica neste ano foi em 23 de janeiro.
O corpo do operário Ma Xiangqian, 19, foi achado às 4h30 em frente ao prédio do seu alojamento. A polícia concluiu que ele se atirou de um andar alto.
Parentes dele, inclusive uma irmã de 22 anos que trabalhava na mesma empresa, a Foxconn Technology, disseram que ele odiava o emprego no qual estava desde novembro -um turno de 11 horas, sete noites por semana, forjando metal e plástico para fazer peças eletrônicas, em meio a vapores e poeira. Ou pelo menos esse foi o trabalho de Ma até que, em dezembro, uma discussão com seu supervisor o fez ser rebaixado para a limpeza dos banheiros.
O contracheque de Ma mostra que ele trabalhou 286 horas no mês anterior à sua morte, sendo 112 horas extras, cerca do triplo do limite legal. Por tudo isso, mesmo com o adicional de hora extra, ganhou o equivalente a US$ 1 por hora.
"A fábrica estava sempre abusando do meu irmão", disse, chorosa, a irmã dele, Ma Liqun.
Desde a morte de Ma, houve outros 12 suicídios ou tentativas de suicídios em duas unidades da Foxconn em Shenzhen, onde os empregados vivem e trabalham. Essas fábricas, com cerca de 400 mil empregados, produzem para multinacionais como Apple, Dell e Hewlett-Packard.
A maioria dos outros suicidas se encaixa no mesmo perfil: 18 a 24 anos, relativamente novos na fábrica, caindo de um edifício.
A onda de suicídios intensificou o escrutínio sobre as condições de vida e trabalho na Foxconn, maior fornecedor terceirizado de produtos eletrônicos do mundo. Reagindo ao clamor, a Foxconn concedeu nos últimos dias dois grandes aumentos salariais. No último, em 6 de junho, a empresa anunciou que, após um período de experiência de três meses, o salário dos seus operários na China poderá chegar a quase US$ 300 por mês, mais do que o dobro do que era semanas atrás.
Sociólogos e outros acadêmicos veem as mortes como sinais extremos de uma tendência mais ampla: a de uma geração de trabalhadores que rejeita as dificuldades que seus predecessores experimentavam ao compor o exército de mão de obra barata responsável pelo milagre econômico chinês.
Em vez de acabarem com as próprias vidas, muitos operários da Foxconn -dezenas de milhares- simplesmente vão embora. Em entrevistas recentes aqui, empregados diziam que o funcionário típico da Foxconn fica poucos meses na empresa antes de pedir demissão, desmoralizado.
Os operários se queixam de treinamentos do tipo militar, de xingamentos dos superiores e de "autocríticas" que têm de ler em voz alta, além de ocasionalmente serem pressionados a trabalhar até 13 dias consecutivos para completar uma grande encomenda- mesmo que isso signifique dormir no chão da fábrica.
Embora haja na China um limite de 36 horas extras semanais, vários operários contaram que estão acostumados a superar muito esse tempo.
"Eles saem [do emprego] tão rápido porque não conseguem se ajustar à vida na fábrica", disse Wang Xueliu, líder de uma equipe de produção, há seis anos funcionário da Foxconn. Ele também pretende pedir demissão em breve, mas para montar com o irmão uma fábrica de velas para exportação.
Muitas outras fábricas chinesas também enfrentam uma rotatividade elevada. Em todo o sul industrial do país, há uma grave escassez de mão de obra, já que legiões de migrantes rurais, que antes afluíam a esses empregos, agora estão escolhendo outras opções. Muitos buscam o setor de serviços, ou empregos mais próximos de suas cidades.
A Foxconn disse que está tentando oferecer condições mais dignas, mas seu executivo Louis Woo admitiu que há muito por fazer para melhorar o local de trabalho e a cultura administrativa.
A família de Ma Xiangqian negociou uma indenização com a Foxconn, que não quis comentar o caso.
"Ele era meu filho único", disse o pai de Ma Xiangqian, Ma Zishan, um pequeno produtor de plantas e árvores ornamentais vendidas nas grandes cidades. "Filhos únicos são muito importantes no interior. O que eu vou fazer?"

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dica preciosa

Oi pessoas.
Carla envia esse link, de uma entrevista muito interessante do Dejours, autor com o qual trabalhei no ano passado, nesse componente. Nesse semestre apenas um slide, pouco usado por mim, tratou dele. Leiam a entrevista em http://www.publico.pt/Sociedade/um-suicidio-no-trabalho-e-uma-mensagem-brutal_1420732
abrs, leandro

Convite

Os professores Leandro Colling e Djalma Thürler, do IHAC, partiparão de uma mesa redonda sobre representação dos gays e lésbicas nas telenovelas brasileiras, no próximo sábado, dia 12, às 15h30, na Caixa Cultural (que fica na Avenida Carlos Gomes). A atividade faz parte da 3ª Mostra Possíveis Sexualidades, que ocorre em Salvador a partir do dia 10.




A Mostra apresenta filmes brasileiros e estrangeiros sobre a sexualidade. Em um dos filmes que serão exibidos, Thürler atua como ator. Trata-se do curta A carta, de Rafael Saar, realizado em 2007, com duração de 15 minutos. No elenco, Rômulo Zanotto, Rodrygo Andrade, Djalma Thurler e Camila Diehl. O filme trata sobre uma carta de amor e uma possibilidade interrompida. O filme será exibido nos seguintes horários e locais:



Dia 10 (quinta), CAIXA Cultural, às 20h



Dia 13 (domingo), Instituto Cervantes, às 16h



Dia 13 (domingo), CAIXA Cultural, às 18h



A programação completa da Mostra pode ser conferida em http://possiveissexualidades.wordpress.com/. Os debates e todas as atividades que serão realizadas no Instituto Cervantes (Ladeira da Barra) são gratuitos. Para ter acesso às sessões de filmes na Caixa Cultural (que fica na Avenida Carlos Gomes), basta trocar os ingressos por um quilo de alimento não-perecível. Os filmes que serão exibidos no Circuito Saladearte custarão: Inteira: R$ 10,00 / Meia: R$ 5,00.